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Xarope Natural de Ervas, Limão e Mel | Para Tosse Seca e Sintomas de Gripe

Cá em casa gostamos não só de cultivar, mas também de tirar o máximo proveito das plantas. Por isso mesmo, utilizamo-las muito para além da alimentação. As plantas são também maravilhosas para melhorar o bem-estar físico e emocional. Assim, hoje vamos partilhar mais uma dica. Vamos mostrar como fazemos xarope natural com ervas, limão e mel. Todos os ingredientes que usamos são da nossa produção, biológicos, no seu estado mais puro e são todos eles indicados para acalmar estados gripais. No final do post vejam também o nosso vídeo explicativo, onde mostramos tudo passo a passo.



Este xarope é indicado para aliviar a tosse, a expectoração e as inflamações na garganta. Ao criarmos a nossa própria receita de xarope natural, tivemos em conta os ingredientes que tínhamos disponíveis na época e as propriedades curativas e medicinais de cada um. Vamos então começar por conhecer os ingredientes:


Ingredientes

  • Água - 200ml
  • Ervas (Orégão e Tomilho) - 25g de folhas. As folhas devem ser retiradas dos caules para que fiquem em pleno contacto com a água durante a decocção e a maceração).
  • Limão - 50ml de sumo de limão passado no passador. O número de limões necessário para obter 50ml de sumo é variável, dependendo do tamanho dos limões e da quantidade de sumo e polpa  presentes em cada um.
  • Mel Puro - 150g. É importante que o mel seja multifloral e não tenha um travo forte, caso contrário, o xarope poderá ficar intragável.

Para esta receita colhemos orégão e tomilho que nascem espontâneos na nossa horta. No entanto, são também ervas fáceis de cultivar em vaso. O tomilho é particularmente interessante de cultivar, pois é uma planta que está disponível todo o ano. Vejam neste post como cultivar tomilho.

Os limões foram colhidos directamente do nosso limoeiro para cozinha. Quem tem um terraço ou uma varanda jeitosa também pode plantar um limoeiro e colher limões várias vezes por ano.

O mel puro é da nossa produção (um grande bem-haja ás nossas abelhas!). Mel puro é o mel tal e qual como é extraído da colmeia, sem aditivos nem misturas duvidosas. Poderão ver como produzimos mel no post



Porquê Estes Ingredientes


Orégão: Para além de ser uma excelente fonte de vitaminas e minerais, tem acção expectorante, é anti-inflamatório, antioxidante e antimicrobiano. 


Tomilho: À semelhança do orégão, o tomilho também é uma excelente fonte de nutrientes, é expectorante, anti-inflamatório, digestivo, antioxidante e antisséptico. 


Limão: Rico em vitamina C, é também antioxidante, digestivo e hidratante. O limão é um dos alimentos anti-inflamatórios e fortalece o sistema imunitário.


Mel: Alivia a tosse e a garganta irritada, tem propriedades calmantes, antioxidantes, antimicrobianas e cicatrizantes. É um alimento excelente no reforço do sistema imunitário. 


Querem saber mais sobre o cultivo e utilização das ervas medicinais em casa? Poderão gostar de ler o nosso livro: "Os 5 C's das Plantas Aromáticas e Medicinais - Cultivar, Cuidar, Colher, Conservar e Consumir - 30 Plantas e As Suas Propriedades". Saibam mais no link em baixo.




Como Fazer

  1. Depois de colher as ervas, retirar as folhas dos caules até obter 25g de planta;
  2. Colocar as folhas em 200ml de água e levar ao lume. O ojectivo é fazer uma decocção com fervura máxima de 5 minutos;
  3. Após a decocção, retirar do lume e deixar a panela tapada com a planta a macerar na água durante 24 horas;
  4. Coar a água para que fique totalmente livre dos restos de planta (colocar os restos de planta na compostagem);
  5. Da água que sobrou, utiliza-se 50ml;
  6. Fazer sumo de limão e coar para obter apenas o sumo, descartando a polpa (colocar a polpa na compostagem);
  7. Pesar 150g de mel;
  8. Colocar os 3 ingredientes numa panela em lume baixo até que o mel se dilua. Não deixar ferver! O objectivo é apenas diluir o mel para que os ingredientes se misturem. Os ingredientes podem ser colocados directamente na panela, mas nós preferimos colocar água na panela com um recipiente de vidro por cima e colocar os ingredientes no recipiente. Isto ajuda a que o mel não aqueça tanto nem tão depressa, o que ajuda também a preservar as suas propriedades;
  9. Assim que o liquido estiver homogéneo, desligar o fogão e retirar do lume;
  10. Deixar arrefecer um pouco e passar o xarope para um frasco de vidro previamente esterilizado.
O liquido fica ligeiramente espesso tal como o de um xarope convencional.

Esta receita dá cerca de 270ml de xarope. O rendimento final, depende da espessura do mel.



Algumas Dicas Extra

Cada pessoa tem o seu paladar e esta receita é apenas a nossa sugestão. Assim, depois de provarem pela primeira vez, e se quiserem ajustar a receita ao vosso gosto, ficam aqui algumas dicas:

  • Para um xarope mais aromático, poderão aumentar um pouco a quantidade de ervas, mantendo a mesma quantidade de água. 
  • Para um xarope menos ácido, diminuir a quantidade de sumo de limão. A acidez do limão é sempre variável e nós escolhemos esta quantidade de acordo com a acidez dos limões do nosso limoeiro.
  • A espessura do liquido final vai depender muito da espessura do mel. Não aconselhamos, no entanto, a adicionar muito mais mel. Em vez de aumentar a quantidade de mel, poderão diminuir a quantidade de sumo de limão, por exemplo. Voltamos também a frisar a importância de escolher um mel com sabor suave.



Como Tomar

  • Aconselhamos a deixar arrefecer por completo antes de tomar.
  • Tomar quando se tem os habituais sintomas de gripe e constipação. 2 - 3 colheres de sopa de xarope por dia. 
  • Agitar o frasco antes de cada toma.

Atenção: este xarope é muito saboroso e pode dar vontade de tomar...muitas vezes! Assim, é preciso ter cuidado e não tomar demais, principalmente quem é diabético!



Como Armazenar

Embora não seja necessário guardar no frio, o frasco pode ser colocado no frigorífico para que dure mais tempo e mantenha o liquido mais espesso.

Se guardado à temperatura ambiente pode durar cerca de 4 semanas.

Se guardado no frigorífico pode durar cerca de 6 semanas.



Medicina Natural vs Medicina Convencional

Embora os medicamentos naturais sejam muitas vezes eficazes e suficientes para a cura, é preciso lembrar que cada caso é um caso e o que resulta bem para algumas pessoas poderá não resultar para outras.

Como sempre, é importante lembrar que a medicina natural poderá não ser suficiente para  substituir a medicina convencional quando esta é realmente necessária. Se os sintomas gripais forem persistentes, é aconselhável consultar um médico ou farmacêutico.



VIDEO - Xarope Natural de Ervas, Limão e Mel | Para Tosse Seca e Sintomas de Gripe













Elixir / Enxaguante Bucal com Ervas Aromáticas

Quase tudo pode ser feito a partir das plantas! É muito bom saber que podemos fazer os nossos próprios produtos em casa com ingredientes simples e naturais que respeitam a saúde e o meio ambiente...precisamente porque vêm dele! Então, hoje vamos partilhar convosco a nossa receita de elixir ou enxaguante bucal com plantas biológicas que são excelentes nos cuidados de saúde da boca e da garganta. Grandes notícias para quem não quer gastar demasiado dinheiro nos elixires sintéticos que se encontram no supermercado! No final do post vejam também o nosso vídeo explicativo com o passo a passo desta receita.




Para este elixir, recorremos às plantas que temos espalhadas pelo jardim e pela horta.

Vamos então ver quais os ingredientes e porque usá-los.


Ingredientes

  • Hortelã comum (Mentha spicata): 1 pequeno raminho é suficiente;
  • Salsa (Petroselinum crispum): 1 pequeno raminho também é suficiente;
  • Folha de limoeiro (Citrus limon): 1 folha. É importante que a folha seja nova e tenra e que esteja limpa e livre de pragas e doenças;
  • Alecrim (Rosmarinus officinalis): q.b.;
  • Sementes de funcho (Foeniculum vulgare): q.b.;
  • Bicarbonato de sódio: 1/4 de colher de chá;
  • Óleo essencial de Tea Tree: 4 gotas;
  • Água: o suficiente para fazer uma infusão.


As plantas usadas nesta receita podem ser frescas ou secas. Nó usámos uma mistura. A hortelã, a salsa e a folha do limoeiro foram apanhadas na hora. O alecrim e as sementes de funcho já tinham sido colhidos anteriormente e foram usados em seco.


Criámos esta receita para um frasco de 125ml de elixir. Caso estejam a matutar o que será "um pequeno raminho" ou as quantidades "q.b." ou "o suficiente para uma infusão" vejam o vídeo mais a baixo para ficarem completamente esclarecid@s.



Porquê Estes Ingredientes

Hortelã comum: é excelente para o sistema digestivo em geral e ajuda a manter o hálito fresco.

Salsa: também combate o mau hálito e acalma irritações da boca.

Folha de limoeiro: tem propriedades anti-inflamatórias e ajuda a atenuar as aftas, a gengivite e aliviar inflamações na garganta.

Alecrim: é antibacteriano e anti-inflamatório. Melhora o hálito e alivia as inflamações nas gengivas.

Funcho: também tem excelentes propriedades para todo o sistema digestivo e é  expectorante.

Bicarbonato de sódiomuito eficaz na higiene bucal. Alivia as inflamações da boca e ajuda a reduzir as manchas nos dentes, mantendo-os mais limpos e brancos.

Óleo Essencial de Tea Tree (também conhecido por Árvore do Chá ou Malaleuca): o campeão dos antibacterianos, com grande poder de desinfecção da boca e ajuda a manter o hálito fresco por mais tempo.


As plantas presentes nesta receita poder ser alteradas desde que tenham propriedades adequadas para uma boa higiene bucal.

Saibam mais sobre as propriedades e formas de utilização destas e de muitas outras plantas no nosso livro: "Os 5 C’s das Plantas Aromáticas e Medicinais: Cultivar, Cuidar, Colher, Conservar e Consumir – 30 Plantas e as Suas Propriedades".



Materiais Necessários

  • Utensílios para fazer uma infusão;
  • 1 frasco de vidro de tamanho médio para fazer a mistura de vários ingredientes;
  • 1 colher;
  • 1 funil;
  • 1 pequena garrafa de vidro âmbar com tampa larga (nós usámos uma com capacidade para 125ml). É aconselhável que seja âmbar para preservar melhor o líquido com óleo essencial.



Como Fazer

Agora que temos todos os ingredientes e que sabemos porque devemos utilizá-los, vamos ver como preparar o elixir:

  1. Preparar uma infusão. As ervas devem ficar na água por 5 minutos;
  2. Passar o equivalente a 125ml para o frasco misturador e deixar esfriar por completo. A restante infusão pode ser usada para fazer mais frascos ou para beber. Esta é uma mistura muito agradável e dá um belíssimo chá!
  3. Depois de esfriar, adicionar à infusão 1/4 colher de chá de bicarbonato de sódio e misturar bem;
  4. Adicionar 4 gotas de óleo essencial de Tea Tree e misturar bem;
  5. Com um funil, passar a mistura para a garrafa de vidro âmbar.
  6. Pronto a usar!



Como Usar e Conservar

A quantidade de elixir colocada na tampa é suficiente para bochechar e gargarejar.

O ideal é usar uma vez por dia.

Agitar bem a garrafa antes de cada utilização.

Não pode ser ingerido devido à presença do óleo essencial.

Este elixir dura até 2 meses. Não necessita de frio, mas pode ser guardado no frigorífico para ser usado mais fresco.



Esperamos que tenham gostado da nossa receita! Vejam agora o nosso vídeo com todos os detalhes e se ainda não subscreveram o nosso canal do YouTube aproveitem a oportunidade para fazê-lo se não quiserem perder pitada!


VIDEO - Elixir / Enxaguante Bucal com Ervas Aromáticas







Sabão de Coco Para a Pele: Benefícios e Como Fazer

O sabão de coco tem muitos benefícios para a pele e para o cabelo, assim como também tem muitas outras formas de utilização nas limpezas domésticas, na horta e no pomar. No entanto, é importante saber que o sabão de coco é feito de forma diferente para os cuidados pessoais e para os cuidados com a casa e o jardim. Já mostrámos aqui no blog Como Fazer Sabão de Coco para usar como insecticida natural. Neste post, vamos mostrar como fazer para usar na higiene pessoal. No final do post, vejam também o nosso vídeo explicativo com o passo-a-passo para fazer este sabão.




Benefícios do Sabão de Coco

O sabão 100% coco tem como única gordura o óleo de coco, o qual é conhecido por ter inúmeras propriedades e vários usos internos e externos. 

Apesar de haver alguma controvérsia nas propriedades atribuídas ao óleo de coco, este é considerado em excelente aliado da saúde da pele e do cabelo. 

Para que este post não fique demasiado grande, vamos começar por falar um pouco sobre os benefícios do coco para uso externo e, em seguida, mostraremos como fazer este sabão. Noutro post, aprofundaremos as propriedades do óleo de coco.


Pele


  • Hidratante. Pelas suas propriedades nutritivas, o sabão de coco ajuda a manter a pele hidratada e a evitar a secura excessiva;
  • Emoliente. Ajuda a manter a elasticidade da pele. O uso do coco na pele também tem vindo a ser associado ao alivio da dermatite, redução de alergias e outras outras reacções cutâneas;
  • Anti-envelhecimento. Pela sua alta concentração de antioxidantes, incluindo a vitamina E, ajuda a prevenir o envelhecimento precoce;
  • Limpeza profunda. O sabão de coco é muito eficaz na limpeza da pele, ajudando a remover muito bem a maquilhagem, limpar os poros e eliminar resíduos.



Cabelo


  • Lubrificante. Por ser tão rico em vitamina E, triglicéridos e ácidos graxos, o coco hidrata e dá brilho aos cabelos, formando uma película lubrificante nos fios, prevenindo a secura e ajudando na recuperação dos cabelos baços e estragados;
  • Anti-queda. Embora ainda não tenham sido feitos muitos estudos nesta matérias, considera-se que o coco ajuda no fortalecimento dos fios e melhora a aparência das pontas do cabelo;
  • Limpeza profunda. Lava muito bem o couro cabeludo mantendo, no entanto, a sua camada de gordura natural. Para além disso, o coco possui propriedades anti-bacterianas que ajudam a manter a saúde do couro cabeludo.


Embora todas estas propriedades sejam atribuídas ao óleo de coco, é sempre bom lembrar que, em caso de doenças cutâneas, é imperativo consultar um dermatologista antes de experimentar qualquer produto na pele.




Informações Importantes Sobre Saboaria


Vamos agora saber um pouco mais sobre o sabão e como fazer sabão de coco para a pele em casa. 

Se nunca fizeram sabão em casa, antes de passar à receita é importante saber mais sobre o fabrico do sabão e sobre as regras de segurança. Estas informações são muito importantes e também podem ser encontradas nos nossos posts: Como Fazer Sabão de Coco - Processo a Frio Passo-a-Passo e Várias Formas de Utilização e Sabão de Azeite: Como Fazer e Quais os Benefícios. Vamos aqui relembrar informações importantes sobre o fabrico do sabão e explicar a diferença entre este sabão e o sabão utilizado como insecticida natural.


O Que é o Sabão?


O sabão é um sal de ácidos gordos que se obtém através da reacção química entre uma gordura e uma base alcalina. A esta reacção dá-se o nome de saponificação. 

As matérias obrigatórias para fazer sabão são a base alcalina (hidróxido de sódio ou de potássio), as gorduras (óleos, manteigas e ceras) e a água (destilada - não usar a da torneira).




Processo a Frio


Esta receita é feita pelo processo a frio, em que toda a matéria-prima é manipulada a baixas temperaturas, ao contrário do processo a quente em que é utilizado um crock pot. No processo a frio é mais fácil de controlar o resultado final. No entanto, o tempo de cura é mais prolongado.



O Que é a Cura?


A cura é o tempo necessário para que o sabão perca a água e estabilize o pH. No caso de um sabão 100% de coco para a pele o tempo de cura é de 6 semanas.



Como Saber o pH?


O sabão num processo a frio é alcalino e o pH varia entre os valores 8 e 10. Durante o processo de cura, podem utilizar-se tiras medidoras de pH de modo a perceber se ainda será necessário curar por mais tempo. 

Para mais informações vejam o nosso post: Como Medir o pH do Sabão



Sobre-engorduramento


O sobre-engorduramento é a gordura extra no sabão para que seja emoliente e não fira a pele. 



Sabão de Coco Para a Pele vs Sabão de Coco Para Limpezas


O sabão de coco para a pele tem sobre-engorduramento na sua formulação. Isto significa que é um sabão suave e pode ser usado com segurança na pele e no cabelo.


O sabão de coco para as limpezas não tem sobre-engorduramento na sua formulação. Isto significa que o sabão de coco para as limpezas é agressivo na pele, pois tem capacidade para remover a sua camada de gordura natural. Por outro lado, é excelente nas limpezas pela sua detergência e capacidade de remover gorduras e sujidade. 




Material de Segurança Obrigatório


Devido ao manuseamento da soda caustica, é necessário tomar cuidados especiais. Este é o equipamento de protecção obrigatório:




Ingredientes Para Esta Receita




*Os óleos essenciais são facultativos. Quem tem pele sensível e reactiva pode fazer esta receita sem os óleos essenciais.

Esta receita irá dar cerca de 600g de sabão. O peso vai sempre variar após a cura.






Material Necessário Para Fazer Esta Receita de Sabão



* Este recipiente é opcional, pois o banho-maria frio também pode ser feito no lava-loiça, se o mesmo tiver espaço suficiente.





Regras de Segurança Importantes


  • Trabalhar sem distracções. Não comer, beber, fumar, ver TV, ouvir rádio ou atender o telefone. Não ter crianças nem animais por perto;
  • Ao pesar as matérias-primas, fazer os acertos por defeito e nunca por excesso;
  • Não usar alumínio, pois reage com o hidróxido de sódio;
  • Manipular o hidróxido num local ventilado, usando o material de protecção;
  • Ter vinagre à mão, pois em caso de derrame, o vinagre anula a base;
  • Lavar os utensílios apenas 24h depois, mas ainda com luvas, pois ainda está muito caustico.




Passo-a-Passo (Vídeo explicativo no final)


  1. Reunir todo o material;
  2. Pesar os ingredientes;
  3. Devido à volatilidade dos óleos essenciais, deve-se cobrir o recipiente dos mesmos com um pano ou tampa;
  4. Colocar o óleo ao lume;
  5. Enquanto o óleo aquece, adicionar o hidróxido cuidadosamente sobre a água e nunca o contrário!
  6. Dissolver o hidróxido com uma colher de inox. Nunca de alumínio!
  7. Medir a temperatura do óleo e da água. Usar o banho-maria frio para ir controlando as temperaturas;
  8. Assim que ambas as soluções estiverem a 45ºC (devem estar as duas com uma temperatura igual ou com diferença máxima de 10ºC), juntar a solução da água ao óleo e nunca o contrário!
  9. Misturar primeiro com uma espátula e depois com uma varinha mágica (exclusiva para este fim);
  10. Adicionar os óleos essenciais;
  11. Bater com a varinha mágica  até atingir o ponto de traço;
  12. Verter a massa para o molde e com a ajuda do tabuleiro agitar o molde para retirar bolhas de ar que possam estar dentro da massa;
  13. Cobrir com película aderente e um pano para ajudar a manter a temperatura;
  14. Isolar por 4h sem perturbar até que endureça;
  15. Após 4h, desenformar (e proceder ao corte se for em barra). É aconselhável usar luvas para retirar do molde.



O Que é o Traço?


O traço é quando o sabão chega ao ponto de emulsão, ou seja,  o ponto em que a solução da água e do óleo se misturam e formam uma massa viscosa em que é possível identificar linhas (traço) quando se passa a espátula ou a varinha-mágica. 




Armazenar


Durante as 6 semanas de cura do sabão de coco, as barras devem ser armazenadas num local sem incidência de luz solar directa e sem humidade. Deve-se ir rodando as barras, para que possam curar de forma homogénea. 

É muito importante fazer uma etiqueta com a data em que o sabão foi feito e a data aproximada do fim da cura, para uma melhor orientação.

O sabão só deve ser embrulhado depois do tempo de cura, utilizando materiais naturais. Pode usar-se tecido, papelcartão  ou saquinhos de algodão para que o sabão possa manter a qualidade por mais tempo. O primeiro sinal de que o sabão está a deteriorar-se é quando aparecem manchas amarelas acompanhadas de odor a ranço.

Se o sabão for utilizado imediatamente após a cura, deve ser colocado em saboneteiras para que possa escorrer a água e durar mais tempo. Se ficar em água, o sabão ira desfazer-se mais facilmente.



Algumas Sugestões Para Guardar o Sabão



















Como Usar Este Sabão?


Este sabão pode ser usado como todos os outros sabões que são feitos para uso cosmético:

  • Mãos
  • Rosto
  • Corpo, em substituição do gel de banho
  • Cabelo, em substituição do champô líquido. É importante lembrar que o cabelo é sempre uma matéria complicada, pelo que este sabão (ou qualquer outro) poderá ter excelentes resultados para algumas pessoas e ficar aquém das expectativas para outras, se o propósito for usá-lo como champô. 

Fazer este sabão é uma excelente forma de preservar o ambiente e reduzir as embalagens de plástico, o que faz dele um produto "desperdício zero". A natureza agradece e a saúde também!

Com mais este post esperamos ajudar todos aqueles que procuram uma vida simples e natural.


Vejam mais abaixo o nosso vídeo e, se ainda não subscreveram o nosso canal do YouTube, aproveitem a oportunidade para fazê-lo, se não quiserem perder pitada!


Materiais Que Usamos E Recomendamos Pela Sua Alta Qualidade 


















Video - Sabão de Coco Para a Pele | Tutorial Passo a Passo para Principiantes | Processo a Frio











Como Fazer Hidrolato em Alambique

Os hidrolatos são delicadas águas florais e, para além do seu aroma, contêm as propriedades medicinais das plantas. No nosso post Como Fazer Hidrolato | Água Floral explicámos o que são hidrolatos e como fazê-los em casa, de uma forma simples utilizando apenas uma panela e pouco mais. Neste post vamos mostrar como fazer hidrolato utilizando um alambique, que permite uma destilação mais eficaz e com maior rendimento.

No final do post vejam também o nosso vídeo explicativo onde mostramos como fazer, passo a passo. Se já fazem hidrolatos em casa e querem saber como conservá-los correctamente, visitem o nosso post Como Conservar Hidrolatos e Prolongar a Sua Vida Útil.




O alambique que usámos para este post e vídeo é um alambique pequeno de 10L que não tem coluna para destilar a vapor, por isso, as plantas foram colocadas dentro da caldeira em contacto com a água para fazer uma hidrodestilação.

A planta que escolhemos foi o rosmaninho (Lavandula stoechas), mas podem ser usadas outras plantas nas quais tenham interesse.  



O Alambique


Para quem se quer iniciar no uso do alambique aqui ficam os nomes dos seus componentes:




Como Fazer

Tanto as flores, como os caules e folhas podem ser usados. No entanto, porque é na sumidade florida do rosmaninho que se encontram a maior parte das moléculas aromáticas e porque o nosso alambique é pequeno, utilizámos apenas as flores.

Os caules e folhas podem ser usados, por exemplo, para fazer incensos naturais.


Vamos então mostrar como fazemos o nosso hidrolato de lavanda.

  1. Colocamos as flores dentro da caldeira e apontamos o peso das flores;
  2. Em seguida colocamos água destilada, utilizando um rácio de 3 partes de água para 1 de planta. Com a planta e a água, a caldeira está pronta a ir para o fogão;
  3. Tapamos e unimos os tubos do capacete e do condensador. As juntas destes tubos podem também ser seladas com fita de teflon;
  4.  Ligamos o fogão e esperamos que a água comece a ferver.

 



O Processo de Destilação


Vamos agora saber o que acontece durante o processo de destilação.

  1. Ao levantar fervura, o vapor vai subir, passar pelo tubo condensador (também conhecido por pescoço de ganso) e descer até à serpentina do condensador que está cheio de água fria;
  2. Durante todo o processo, a água do condensador mantem-se fria através de circulação por bomba que pode ser uma bomba de aquário. Esta bomba tem de ser colocada num depósito onde a água possa ser mantida fria. Este depósito pode ser um balde, alguidar ou lava-loiça. Para manter a água fria durante todo o processo, podem ser usados acumuladores de frio ou cubos de gelo;
  3. A água sai pela parte de cima do condensador, vai até ao depósito da bomba e é bombada de volta para o condensador. É aconselhável que este tubo tenha uma válvula reguladora de caudal, para que a água entre de novo devagar pela parte de baixo do condensador;
  4. A água fria vai condensar os vapores que estão dentro da serpentina, e o hidrolato vai começar a sair;
  5. A água floral tem de sair para um jarro, preferencialmente de vidro. Este jarro tem de ter um funil e um filtro de café para impedir que os resíduos das plantas fiquem no hidrolato;
  6. Passado cerca de 1h30 desligamos o fogão e esperamos até que não saia mais hidrolato;
  7. Depois de o alambique arrefecer, retiramos as plantas e esfregamos o alambique com álcool. O alambique deve ser mantido bem limpo e seco até à próxima utilização.

 



Ao fazer todo este processo é importante registar alguns dados tais como o peso da planta e o rendimento final do hidrolato. Neste processo usámos 337g de planta e obtivemos cerca de 700ml de hidrolato.

Para saberem como armazenar correctamente o hidrolato para que dure por um longo período de tempo, vejam o nosso post Como Conservar Hidrolatos e Prolongar a Sua Vida Útil.



Para uma melhor compreensão, aqui fica o nosso vídeo onde mostramos o passo a passo deste processo. Se gostam dos nossos vídeos e ainda não subscreveram o nosso canal do youtube, aproveitem a oportunidade para fazê-lo se não quiserem perder pitada!


VIDEO: Como Fazer Hidrolato em Alambique



















Como Conservar Hidrolatos e Prolongar a Sua Vida Útil

Os hidrolatos são águas florais de natureza frágil e devem ser armazenados correctamente para que possam ser usados durante um longo período de tempo. Os hidrolatos não são tão concentrados como os óleos essenciais nem têm o mesmo poder antibacteriano, o que os torna sujeitos a uma degradação mais rápida. No entanto, para podermos desfrutar dos seus aromas e propriedades terapêuticas por mais tempo, vale a pena saber como preservá-los.

Já mostrámos, aqui no blog, como fazer hidrolato e como fazer hidrolato em alambique. Neste post vamos dar várias dicas de armazenamento destas delicadas águas aromáticas.




Vejam agora o nosso infográfico com toda a informação para conservar hidrolatos.



Infográfico Como Conservar Hidrolatos de Blog da Horta Biológica



Alguns Artigos Úteis Para Armazenar Hidrolatos Correctamente


















Como Saber Se o Hidrolato Já Não Está Bom

Quando o hidrolato está contaminado ou terminou a sua vida útil, é possível identificar uma matéria branca a flutuar na água. Esta matéria, que por vezes também pode ser escura, não é mais do que uma mancha de bolor que se forma na água. Nas garrafas transparentes torna-se mais fácil identificar a presença de fungos na água. A ausência total de aroma também poderá ser um indicador de que o hidrolato perdeu as suas propriedades e já não deve ser usado.

 

O Que Fazer Com Hidrolatos Expirados

O hidrolato não deve ser descartado. Pode ser usado para regar o pé das plantas ou adicionado à pilha de compostagem.


E assim se conservam hidrolatos por muito tempo! Com todas estas informações esperamos que todos possam tirar o máximo de proveito das suas plantas. 

Até ao próximo post, cuidem-se bem!







DIY | Creme Hidratante Natural | Tutorial Passo a Passo | Receita Para Todos os Tipos de Pele

A pedido de vários dos nossos leitores e subscritores, hoje trazemos uma receita de creme hidratante caseiro. Já partilhámos aqui no blog a nossa receita bem simples de Creme Hidratante Natural Caseiro com apenas 3 ingredientes mas, no post de hoje, vamos  ensinar como fazer um creme de raíz. A receita que criámos para este post pode ser usada em todos os tipos de pele. No final do post, vejam também o nosso vídeo explicativo com o passo a passo desta receita.




Antes de passar à receita, convém obter alguns conhecimentos básicos a cerca da formulação de um creme. O objectivo deste post não é ensinar a formular, mas sim a compreender, de uma forma simples, como se faz um creme. Então, vamos por partes...


Fases de Um Creme


Fazer um creme à séria implica várias fases distintas. Vamos ver cada uma.



Fase Oleosa


Nesta fase, num recipiente de vidro, juntam-se as gorduras: óleos vegetais, ceras e/ou manteigas. Aqui devem ser escolhidos os ingredientes mais adequados ao tipo de pele. Para que esta receita possa ser feita em casa pelo maior número de pessoas possível, escolhemos óleo de jojoba, uma vez que pode ser usado em todos os tipos de pele. No entanto, e a título de exemplo, colocamos aqui algumas alternativas de óleos vegetais mais fáceis de encontrar para cada tipo de pele:

Pele Seca: azeite, óleo de coco ou amêndoas doces

Pele Oleosa: óleo de graínha de uva

Pele Acneica: óleo de argão ou maceração de hipericão*

Pele Mista: óleo de graínha de uva

Pele Sensível: óleo de amêndoas doces ou maceração de calêndula 

Pele Madura: óleo de argão, onagra ou rosa mosqueta*


*Estes óleos vegetais causam fotossensibilidade, pelo que só devem ser usados em cremes de noite.


A fase oleosa serve para nutrir a pele e equilibrar a sua textura.




Fase Aquosa


Nesta fase, noutro recipiente de vidro, inclui-se a água destilada e outros ingredientes solúveis em água. Em menores proporções, pode-se incluir hidrolatos ou águas florais, infusões de plantas, etc. Esta é também a fase em que se adiciona um agente humectante como a glicerina vegetal.

A fase aquosa serve para hidratar a pele e manter a sua elasticidade.




Emulsão
 

Uma vez que as gorduras e a água não se misturam, é necessário incluir um agente emulsionante que permita a união das moléculas de ambas as soluções. Existem várias ceras emulsionantes, algumas mais indicadas para cremes finos e leves, outras para cremes mais espessos. O agente emulsionante é adicionado no recipiente da fase oleosa.




Aditivos


Após a emulsão, adicionam-se aditivos importantes, tais como antioxidantes, conservantes e óleos essenciais com princípios activos adequados a cada tipo de pele. Mais uma vez, e para que este creme possa ser feito sem medos, criámos uma receita com óleos essenciais para todos os tipos de pele, alfazema e rosas. Aqui ficam algumas alternativas de óleos essenciais para cada tipo de pele:

Pele Seca: ylang ylang, neroli

Pele Oleosa: tea tree (árvore do chá), alecrim, cedro

Pele Acneica: sálvia, gerânio, cipreste

Pele Mista: palmarosa, incenso

Pele Sensível: aconselhamos alfazema e rosas também

Pele Madura: sândalo, mirra



Agora que já falámos das fases de um creme, vamos passar aos materiais e ingredientes necessários para esta receita.




Materiais


Para que seja mais fácil reunir todos os materiais, aqui fica a lista.

  • Balança de precisão
  • 1 Recipiente de vidro resistente ao calor para a fase oleosa
  • 1 Recipiente de vidro resistente ao calor para a fase aquosa
  • Recipientes de vidro para pesar os aditivos
  • 1 panela de inox
  • Espátulas de silicone
  • Pipetas (caso os frascos dos ingredientes não tenham conta-gotas)
  • 1 Batedeira de leite
  • 1 Seringa de alimentação (opcional)
  • 1 Recipiente de vidro com tampa para guardar o creme



Ingredientes


Esta receita dá cerca de 50g de creme e estes são os ingredientes:


Fase Oleosa


Fase Aquosa


Aditivos


Fazer produtos naturais em casa dá-nos um maior controlo sobre a qualidade do produto final, por podermos ser nós mesmos a personalizar e escolher os ingredientes mais adequados. Para terem uma ideia real da importância do que colocamos na pele, sugerimos a leitura do nosso post: Compreender os Químicos dos Cosméticos



Compreender Estes Ingredientes e as Suas Funções


De uma forma simples e resumida, vamos ver o que cada um destes ingredientes faz.


Óleo de Jojoba 

Este óleo é, na realidade, uma cera líquida com propriedades regeneradoras e cuja composição se assemelha muito à gordura natural da pele. É indicado para todos os tipos de pele e é bastante estável e duradouro, o que significa que não ganha ranço facilmente. Por todas estas razões, escolhemos este óleo para esta receita.




Cera de Abelha

Colocámos cera de abelha nesta receita a pedido de uma das nossas leitoras e poderá também ser uma forma útil de usar esta cera para quem, como nós, tem produção caseira. Num creme, a cera de abelha deve ser usada em quantidades mínimas, caso contrário o creme ficará demasiado gorduroso e espesso. Não aconselhamos a usar mais de 1% do total da receita ou da fórmula, principalmente para quem tem a pele com tendência para a oleosidade. 

Quem não quiser adicionar cera de abelha ao seu creme pode retirar este ingrediente da receita e adicionar o equivalente em óleo de jojoba. 



OliveM 1000

É uma cera emulsionante, em flocos, derivada do azeite. Existem outras ceras emulsionantes, mas esta é das mais adequadas para os cremes por criar uma emulsão fina e estável que é muito bem absorvida pela pele.



Água Destilada

Para formular cosméticos usa-se água destilada por ser livre de sais minerais e outras substâncias que possam causar reacções com os restantes ingredientes e comprometer o resultado final.




Glicerina Vegetal 

É o humectante que retém a água na emulsão e ajuda a manter a pele hidratada por mais tempo.



Vitamina E

Para além das suas muitas propriedades benéficas para a pele, também funciona como agente conservante das gorduras, prolongando a sua vida útil.



Extracto de Sementes de Toranja

Uma vez que um creme leva água na sua composição, é necessário adicionar um conservante que previna o aparecimento de fungos e bactérias. Para esta receita escolhemos o extracto de sementes de toranja por ser um conservante natural. Existem no mercado alguns conservantes feitos em laboratório que, pela sua composição menos agressiva, são aceites na cosmética natural. Estes conservantes têm capacidade de prolongar a vida útil dos produtos por mais tempo. No entanto, e porque fazemos os nossos produtos em casa, preferimos este extracto por ser totalmente natural. Falaremos da conservação deste creme no final do post.




Óleo Essencial de Alfazema

Tal como tivémos o cuidado de escolher um óleo vegetal para todos os tipos de pele, também escolhemos óleos essenciais que podem ser usados por todas as pessoas. O de alfazema é dos mais versáteis e suaves na pele. 




Óleo Essencial de Rosas

Nesta receita colocámos um toque final muito especial. 1 gota de óleo essencial de rosas. A par da alfazema as rosas são das plantas mais versáteis e poderosas no que diz respeito aos cuidados de pele. Aconselhamos a leitura do nosso post: Água de Rosas: Benefícios e Como Fazer para um maior conhecimento a cerca das propriedades das rosas. 

O óleo essencial de rosas puro é altamente concentrado e 1 gota é suficiente para esta quantidade de creme. Quem não tiver este óleo essencial pode substituir por outro ou pode não adicionar mais nada.


Aqui queremos agradecer à nossa querida amiga Kalinka Hristova (intobulgarian.euda Bulgária que tão amavelmente nos presenteou com óleos essenciais de rosas, puros e de altíssima qualidade, produzidos no seu lindo país. O nosso muito obrigado e um grande abraço para a Bulgária!





Receita


Vamos agora à receita na prática.


Fase Oleosa

  1. Numa balança de precisão, pesar a cera de abelha e o emulsionante OliveM 1000;
  2. Num recipiente de vidro resistente ao calor, pesar o óleo de jojoba; Estas gorduras são pesadas separadamente pois a cera de abelha e o OliveM 1000 são secos ao toque e o óleo de jojoba é liquido. Assim, em caso de erro, pode-se retirar o excesso sem que os elementos secos fiquem impregnados de óleo;
  3. Depois de pesar todos os ingredientes gordurosos, adicionar a cera e o OliveM 1000 ao óleo de jojoba no recipiente resistente ao calor. Assim temos a nossa fase oleosa pronta.


Fase Aquosa

  1. Sempre na balança de precisão, pesar a glicerina;
  2. Num recipiente de vidro resistente ao calor, pesar a água destilada. Mais uma vez, as pesagens são feitas em recipientes separados para o caso de os líquidos verterem em excesso;
  3. Depois de pesar os ingredientes aquosos, adicionar a glicerina à agua no recipiente resistente ao calor. Assim temos a nossa fase aquosa pronta.


Pesar os Aditivos

  1. Em recipientes diferentes, pesar a vitamina E, o extracto de sementes de toranja e o óleo essencial de alfazema. O de rosas não é preciso pesar, pois é só uma gota.



Levar ao Lume

  1. Colocar os dois recipientes resistentes ao calor em banho-maria na mesma panela;
  2. Assim que as gorduras derretem, retirar os recipientes do lume.


Emulsão

  1. Logo após retirar do lume, adicionar a fase aquosa sobre a oleosa. A água sobre o óleo, tal como se faz no fabrico de sabão;
  2. Mexer com uma varinha de leite para emulsionar. Nesta fase, pode-se colocar o recipiente num banho-maria frio para ajudar a emulsionar mais rapidamente.


Adicionar os Aditivos

  1. Deixar a emulsão arrefecer um pouco e, antes que fique espessa, adicionar os aditivos. Entre cada aditivo, pode-se mexer mais um pouco para que fiquem bem incorporados. 


Armazenar

  1. Assim que a emulsão estiver fria, transferir para um frasco. Para esta tarefa pode ser usada uma colher, uma espátula de silicone ou uma seringa de alimentação.



Conservação


Este creme não necessita de frio, mas guardá-lo no frigorífico ajudará a prolongar a sua vida útil. Uma vez que o conservante é natural, o creme deverá durar cerca de 4 semanas até começar a alterar. Poderá durar mais tempo, ou menos, dependendo das condições em que for guardado. 

Uma dica: Pela sua delicadeza, este creme foi pensado para uso facial. No entanto, a pele do corpo também beneficia muito destes ingredientes. Assim, caso o tempo do creme já esteja a passar das 4 semanas e ainda haja muito creme no frasco, a fim de evitar desperdícios, o creme pode ser usado mais no corpo do que no rosto para poder ser gasto antes de passar da validade.




Advertências


  • Pessoas com pele reactiva, bebés e grávidas devem evitar o uso de óleos essenciais. Este creme pode ser feito da mesma forma, retirando os óleos essenciais no final.
  • Ao fazer produtos caseiros, ainda que todos os ingredientes sejam naturais, é importante que cada pessoa verifique previamente se faz alergia a algum dos componentes. As receitas caseiras podem ser alteradas de acordo com as necessidades de cada um.



Muito obrigado aos nossos leitores e leitoras que nos vão dando dicas de coisas que querem aprender. Com a vossa ajuda, o conteúdo do nosso blog está cada vez mais rico. É a partilhar que se constrói o conhecimento!

Um xi coração

Ana e Luís



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